Como abrir uma empresa do jeito certo: passo a passo para começar com segurança

Abrir uma empresa é um marco importante na trajetória de qualquer empreendedor. Mas esse passo também vem acompanhado de dúvidas: qual o tipo ideal de empresa? Quais documentos são exigidos? Como escolher o melhor regime tributário? Neste guia, reunimos tudo o que você precisa saber para tirar sua ideia do papel de forma segura, estratégica e com o suporte contábil adequado.

1. Planejamento: o ponto de partida

Antes de pensar na formalização, é essencial dedicar tempo ao planejamento. Isso envolve:

  • Definir a atividade principal e possíveis atividades secundárias;
  • Conhecer seu público-alvo;
  • Estudar o mercado e identificar concorrentes;
  • Calcular o investimento inicial e o capital necessário para manter a operação nos primeiros meses;
  • Estabelecer metas de curto, médio e longo prazo.

Com esse mapeamento feito, fica muito mais fácil tomar decisões assertivas ao longo do processo.

2. Escolha do tipo de empresa

O formato jurídico ideal depende de fatores como faturamento esperado, número de sócios e área de atuação. Os principais tipos são:

  • MEI (Microempreendedor Individual): ideal para quem está começando sozinho e terá um faturamento anual de até R$ 81 mil. É uma opção prática, com tributação simplificada e menos burocracia. Mas atenção: o MEI tem algumas limitações que nem sempre são claras no início.
    👉 Se você está pensando em se formalizar como MEI, recomendamos a leitura do nosso conteúdo exclusivo sobre o assunto neste link, onde explicamos os prós, contras e cuidados importantes antes de tomar essa decisão.
  • EI (Empresário Individual): indicado para negócios individuais com receita acima do limite do MEI.
  • Sociedade Limitada (LTDA): modelo mais comum entre empresas com dois ou mais sócios.
  • SLU (Sociedade Limitada Unipessoal): permite abrir uma empresa individual com responsabilidade limitada.

Escolher o tipo societário certo é fundamental para evitar limitações futuras e garantir que o negócio cresça de forma sustentável.

3. Pessoa física x pessoa jurídica: entenda a diferença

É comum que muitos empreendedores comecem a atuar como pessoa física, mas isso pode trazer limitações importantes. Sem um CNPJ, não é possível emitir nota fiscal, a carga tributária tende a ser mais alta e o patrimônio pessoal pode ficar exposto a riscos da atividade.

Já com a formalização como pessoa jurídica, o negócio ganha acesso a benefícios como crédito empresarial, possibilidade de contratar colaboradores legalmente e mais credibilidade no mercado. Abrir uma empresa formalmente é um passo decisivo para quem busca crescer com estrutura.

4. CNAE: o código que define sua atividade

CNAE é a sigla para Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Toda empresa precisa definir corretamente esse código — ou os códigos, caso tenha atividades secundárias — no momento da abertura.

O CNAE influencia diretamente na carga tributária e nas obrigações fiscais. Se for escolhido de forma incorreta, pode gerar autuações ou até restrições de funcionamento. Por isso, é essencial contar com apoio contábil para definir os códigos compatíveis com a atividade real da empresa.

5. Documentos necessários para abrir uma empresa

A documentação exigida varia conforme o tipo de empresa e o estado, mas em geral inclui:

  • Documentos pessoais dos sócios (RG e CPF);
  • Comprovante de residência;
  • Informações sobre a sede do negócio (como contrato de locação ou IPTU);
  • Definição da atividade econômica;
  • Sugestões de nome empresarial.

Com todos esses dados organizados, é possível iniciar o processo de registro com mais agilidade.

6. Qual o melhor regime tributário?

No Brasil, as empresas podem se enquadrar em três regimes principais:

  • Simples Nacional: indicado para pequenos negócios, com alíquotas reduzidas e unificação de tributos.
  • Lucro Presumido: vantajoso para empresas com margens de lucro mais altas e boa previsibilidade de faturamento.
  • Lucro Real: obrigatório para negócios com faturamento elevado ou que operam em setores específicos.

Escolher o regime certo pode representar uma economia significativa. Por isso, essa análise deve ser feita com base no perfil da empresa, no tipo de atividade e na projeção de faturamento.

7. Planejamento tributário desde o início

Um erro comum entre novos empreendedores é pensar que planejamento tributário só serve para empresas grandes. A verdade é que quanto mais cedo esse cuidado é adotado, maiores são os benefícios.

Planejar a estrutura tributária desde a abertura permite enquadrar a empresa da forma mais vantajosa possível, evitando surpresas com impostos e garantindo mais previsibilidade financeira. Além disso, permite ajustar o modelo de atuação às exigências legais e reduzir riscos fiscais.

8. Registros e licenças obrigatórios

Após definir o tipo de empresa, reunir os documentos e escolher o regime tributário, chega o momento de realizar os registros formais:

  • Registro na Junta Comercial do estado;
  • Obtenção do CNPJ junto à Receita Federal;
  • Inscrição estadual (para empresas comerciais) ou municipal (para prestadoras de serviço);
  • Solicitação de alvará de funcionamento na Prefeitura;
  • Licenças específicas, como sanitária ou ambiental, quando exigidas pela atividade.

Cada setor possui exigências particulares, por isso é fundamental ter acompanhamento profissional nessa etapa.

9. Apoio especializado faz a diferença

Abrir uma empresa vai muito além de preencher formulários — envolve decisões estratégicas que impactam diretamente o sucesso do negócio. Ter o acompanhamento de uma contabilidade experiente desde o início ajuda a evitar erros comuns, economizar nos tributos e garantir que tudo esteja dentro das exigências legais.

Se você está pensando em dar esse passo, vale a pena contar com um parceiro que entende os desafios do empreendedor e oferece suporte em cada etapa. Aqui no Polo Contábil, ajudamos você a transformar sua ideia em uma empresa sólida e bem estruturada, com segurança e visão de longo prazo.